segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Resenha: Quem Sou Eu, Afinal?

Oi gente!

Essa é a resenha do primeiro livro lido de 2014! Que, aliás, não poderia ter sido aberto com obra melhor. "Quem sou eu, afinal?" do querido autor parceiro, Ricardo Valverde.

Autor(a): Ricardo Valverde
Páginas: 245
Editora: Novo Século
Velocidade de Leitura: Rápida
Nota: 5/5
Sinopse: Após doar seu sêmen pela última vez, Daniel Lebzinski, um senhor envolto em tristeza e amargura, tenta retornar a sua casa, mas é surpreendido pelo esquecimento. O que parecia ser apenas um fato isolado transforma-se em uma série de eventos repetitivos. Com o auxílio de Judith Stelar, enfermeira e amiga de longa data, o doador de sêmen é diagnosticado com o Mal de Alzheimer e passa a lutar contra essa terrível doença. Benjamim, um jovem doce e sonhador, está prestes a descobrir o amor pela primeira vez com Laila, sua namorada, quando se depara com um antigo exame, que irá mudar a trajetória de toda a sua vida. Ao descobrir que seu pai é estéril, o jovem parte em busca de sua verdadeira origem. Elad Raviv, um marido distante e ausente, se vê frente a frente com os mais profundos abismos de seu coração e parte em uma árdua jornada à procura de uma razão para viver. O que essas três histórias podem ter em comum? Quem são eles, afinal? Por qual razão a vida os colocou no mesmo caminho?

Um dia desses eu falei pelo Facebook pro Ricardo: "Eu tô em São Paulo! Quero comprar seu livro, você não quer se encontrar comigo pra me dar um autógrafo?". E ele, sempre um amor, disse que adoraria.

Marcamos de ir na Discoteka Cultural, uma livraria pequena, mas charmosa, cujos donos são super amigos do Ricardo. Meus pais e minha irmã me deixaram lá e foram dar uma volta no shopping onde a livraria fica. Eu comprei o livro, que ele autografou feliz, e então ficamos conversando sobre várias coisas por um tempo. Eu ri pra caramba. Fico tentada a dizer que não haja pessoa mais simpática na face da Terra do que o Ricardo. Sério.

"Querida Alice. Que as palavras a seguir alcancem o seu coração. Um abraço, do amigo, Ricardo"
Pode ter certeza que elas alcançaram!

Foi uma conversa gostosa (=. Depois meus pais apareceram, conversamos nós todos um pouco mais, e em seguida fomos embora. E claro, gostando ainda mais do autor parceiro que tenho a sorte de poder chamar de amigo.

Da esquerda pra direita, respectivamente: meu pai, minha mãe, o Ricardo, eu e minha irmã.

Sobre "Quem sou eu, afinal?" :

Logo no início do livro tudo parece meio desconexo. Mas histórias que não tem nada em comum vão lentamente começando a fazer sentido. O Ricardo vai tecendo suas histórias bem devagarinho até que, no fim: Pimba. Várias histórias são uma só. Uma trama sem pontas. Perfeita.

Senti profundamente a evolução da escrita do Ricardo (apesar de suas outras histórias lidas por mim serem tão boas quanto esta, a última foi escrita com mais sentimento, foi mas prazeroso de ler). Houve momentos em que eu estava tão deliciada com suas palavras que me esqueci completamente das coisas ao meu redor. Teve até uma vez que eu voltei a realidade depois de ler um parágrafo lindamente escrito que eu fiquei encarando o livro sem me lembrar quem o havia escrito, o que é maravilhoso!

Como eu sou amiga do Ricardo, sempre que eu leio algo escrito por ele eu o imagino escrevendo, o que torna a história menos real, de certa forma. Mas em Quem sou eu, afinal? eu mergulhei tão profundamente na linda trama que ele escreveu que isso não me incomodou quase nada. 

Diferente em tantos aspectos "dos 2012", mas ainda sim com um toque de Ricardo que eu não pude deixar de apreciar. As descrições dos lugares, das comidas e das pessoas foram muito bem feitas e mesmo com os nomes esquisitos, me senti bem próxima do lugar, assim como nos outros livros do autor.

O desfecho foi maravilhoso. Mesmo com um acontecimento previsível desde o começo do livro (e até antes dele), não pude deixar de me emocionar. Caíram lágrimas atrás de lágrimas. E mesmo depois, quando um final incrivelmente feliz, mas nem um pouco clichê, apareceu no horizonte, eu ainda chorava. Só que dessa vez eram lágrimas de felicidade. 

Tudo se entrelaçou perfeitamente, foi lindo. 

Certo. Elogios, elogios, e mais elogios. Chegou a hora de criticar um pouquinho, hihihi.

A linguagem usada pelo autor não varia de personagem pra personagem. O que eu quero dizer? Todos os personagens falam como adultos. Tudo bem que tecnicamente são todos adultos, sim. Mas Benjamim e Laila, devem ter o que? 20 anos, ou algo por aí. E apesar disso falam como adultos maduros que sabem tudo da vida. Faltou um pouco de linguagem moderna (não digo gírias, nada disso. Só palavras que expressem menos certeza. Chamar um namorado de "meu querido" ou "meu lindo" casualmente, mesmo que você tenha certeza de que o ama, parece forçado. Algo que apenas marido e mulher fariam). Não sei se me expressei corretamente, mas algumas palavras pareceram fora de lugar, não adequadas aos personagens.

E essa foi minha mini e única crítica. 

Então leiam, leiam, leiam e compartilhem suas experiências literárias com todo mundo, porque é um livro maravilhoso, com uma lição de vida maravilhosa escrita por um escritor maravilhoso. 

Obrigada Ricardo. Por ser um amigo querido, simpático, gentil, prestativo, legal e por escrever livros lindos que merecem, acima de tudo, serem lidos.

Beijos, beijos.
Alice.

Um comentário:

  1. Ah mas que autor simpático! Não o conhecia, e nem seu livro, mas adorei a resenha e vou querer lê-lo, com toda a certeza!

    Beijos
    http://escolhasliterarias.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir

Obrigado por comentar, sua opinião é sempre bem vinda :)